Acabou…
O relacionamento acabou, o casamento acabou…
Será que dá para ser amigo do seu ex, da sua ex companheira ou da sua namorada? A resposta é não, absolutamente não!
Como assim? Por quê?
Mesmo que o término dessa relação não tenha sido dramático, caótico e desordenado. A coisa mais certa a se fazer é perder a identidade como casal.
Em outras palavras, cada um vai precisar resgatar a sua própria identidade. Quando a gente entra em uma relação é como se acontecesse uma fusão de identidades.
O eu e o ele, vira nós.
Em um casamento essa fusão de identidades é muito forte. E aí, quando vocês se separam esse espaço é necessário para elaborar, trabalhar esse ‘luto” e superar o fim desse relacionamento.
Você vai precisar resgatar a sua identidade, a sua individualidade.
Talvez você esteja saindo de uma relação há anos junto com essa pessoa, então você tem hábitos, rotina, lembranças de lugares que você só ia com essa pessoa…
Você passa no supermercado, lembra de alguma coisa que sempre comprava para o seu ex-marido ou para sua ex-companheira.
E aí, de repente, você se pega tendo que criar uma rotina, novos hábitos, mas, para que isso seja feito, é preciso se desvincular desse ex efetivamente, você precisa de espaço.
Tem um programa que chama “contato zero” que é exatamente isso, é você aprender a implementar o contato zero dentro dessa nova dinâmica da relação, mas talvez seja você que esteja querendo ser amiga ou amigo do ex.
Pergunte-se: Qual é a razão de você estar querendo ser amigo ou continuar amiga dessa pessoa? Qual o motivo disso?
Na verdade, você não está querendo, porque quando a gente termina uma relação e quer continuar essa amizade, isso é um jeito para você não enfrentar um luto, não encarar essa perda.
Então, jogue limpo consigo, investigue quais são os motivos disso, se perguntando: “Por qual motivo você quer continuar sendo amigo dessa pessoa?”
Porque as vezes, a pessoa acaba uma relação, mas ela não quer lidar com essa realidade, não quer assumir que não vai mais ter o contato com aquela pessoa.
Então, ela não quer ter a responsabilidade por ter escolhido sair daquela relação e, sair daquela relação implica em não manter a mesma rotina com esse ex.
O que se observa é que na rotina após a separação, as vezes o ex-marido continua frequentando a casa como se nada tivesse acontecido. Ele tem a chave da casa, entra e sai a hora que quer…
Quando a pessoa sai de um relacionamento, ela tem que ter a maturidade e a responsabilidade de assumir as consequências por essa escolha.
Então, se você não quis sair da relação, o limite, não foi você que escolheu, a sua atitude agora é colocar limites, ok!
Chegou a hora de se posicionar, de falar: não quero, não posso, não quero responder, não quero você aqui dentro de casa como se nada tivesse acontecido. E a responsabilidade de quem pediu para sair da relação é assumir as consequências dessa escolha.
Podemos ser amigos após uma separação amigável?
Vocês vão precisar de um tempo, vocês vão precisar de um espaço para resgatar a individualidade e conseguir partir para uma nova jornada, a seguir em frente entendendo o que é seu, o que não é mais seu e que era do seu companheiro. Deixando com ele o que era dele ou que era dela e levando com você dessa relação o que é seu, mas para que você tenha clareza do que é seu e do que que era do outro né, você precisa sim, é de um tempo, de um espaço, desse desligamento.
Sempre que existe um vínculo de afeto, para se desfazer desse vínculo, haverá dor e sofrimento em níveis diferentes. Cada pessoa vai sofrer mais ou menos de acordo com o grau do vínculo que foi estabelecido nessa relação, mas para que se desfaça esse vínculo a dor e o sofrimento vão aparecer em algum nível e as vezes querer permanecer amigo é um jeito de você não vivenciar essa dor.
O que nem sempre é saudável, quase nunca é saudável, certo. Você precisa desfazer esse vínculo para depois lá na frente, se possível, vocês terem um relacionamento saudável.
Antes disso, você precisa estar inteira, vivendo a sua vida, no seu espaço.
Então a resposta é não, não pode ser amigo em hipótese alguma, pelo menos no início, até você se reestabelecer emocionalmente e psicologicamente. Esse é o jeito de você se proteger, de se cuidar, se fortalecer emocionalmente.